domingo, 13 de novembro de 2011

A HORA DA ESTRELA: UM QUASE ROMANCE, DE UMA QUASE MULHER, SOBRE UMA QUASE PERSONAGEM, NA QUASE LINGUAGEM DE CLARICE LISPECTOR


Autor: Francisco de Assis Rocha Filho
Disciplina: Literatura Feminina Brasileira
Profª: Drª Renata Pimentel



Introdução


A trilha mais adequada para o que pensamos expor aqui - e que inclusive nos inspirou o título deste artigo - é com certeza a descoberta por Barthes, em seu interminável esforço para estabelecer uma conceituação que nos deixe o mais próximo possível do que venha a ser literatura. Diz ele: “Não se pode dizer que a literatura não diz nada, mas também não se pode dizer que ela diz alguma coisa ou que diz tudo... ...Encontramo-nos numa região que podemos provisoriamente qualificar de impossivel; não me repugna dizer que a escrita é da ordem de dizer “quase alguma coisa” (BARTHES apud NOLASCO, 2001, p. 196).
Para além do prestígio que o autor de Le degré zéro de l'écriture (1953) desfruta no mundo das letras, seriam diversas as razões da escolha de um enunciado seu para servir de guia às nossas modestas conjecturas. Mas a razão principal é que não vemos na literatura brasileira obra que chegue mais perto da conceituação exposta, do que a produzida por Clarice Lispector, ora objeto do nosso estudo. É dela, inclusive, a afirmação lapidar: “Escrever é dificil porque toca nas raias do impossível” (1999, p. 64).
Clarice é sim o inacabado. Para atenuar o possível peso negativo da expressão, “Benedito Nunes fala de uma totalidade narrativa única, cada obra (livro) sendo a parte a imprimir ao todo a feição de multiplicidade. E Roberto Correa dos Santos entende que há uma só obra com várias retomadas, cada qual rompendo com as anteriores” (PONTIERI, 2001, p. 24). De uma forma ou de outra, não é por acaso que os livros mais expressivos de Clarice não têm começo nem fim. A Paixão segundo GH começa e termina com traços de união. Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres começa com uma vírgula e termina com dois pontos. São símbolos gráficos reveladores da insatisfação da escritora ao fim de cada obra, que vão culminar no patético desespero do “autor” de Um Sopro de Vida : “Eu... eu... não. Não posso acabar.
Eu acho que...” (p. 159), configuração de linguagem, cuja incompletude se torna ainda mais significativa, quando lembramos que se trata do seu último livro, só publicado postumamente!
É através dessa infinita dialética – que a faz transitar do texto à realidade e da realidade ao texto, sempre em busca do novo na realidade e no texto - que tentaremos explorar nosso roteiro, através dos “quases” que atormentaram por toda a vida o labor literário de Clarice Lispector e que assinalam o essencial de sua trajetória na literatura brasileira.

Um quase romance, uma quase-mulher

“Toda uma literatura contemporânea é autonímica; ela consiste em designar a si mesma como literatura, em escrever sobre a impossibilidade de escrever (BARTHES, 2005, p. 289). Com certeza, a produção literária clariceana se insere nesse contexto autonímico. A problematização do ato de escrever, essa angústia por encontrar um significante que recubra sem lacunas o significado, faz de “cada novo livro de Clarice uma busca desesperada pela linguagem, para alcançar a última escritura impossível. Por outro lado, cada um dos livros – por ser uma construção de linguagem – representa uma (des)construção da escritura impossível buscada (NOLASCO, 2001, p. 253).
Clarice, como poucos, problematiza sua linguagem, tensionando-a, questionando-a, enaltecendo-a pelo poder que ela lhe confere, e negando-a pelo fracasso permanente a que a conduz. “Eu tenho, à medida que designo – e este é o esplendor de ter uma linguagem. Mas eu tenho muito mais, à medida que não consigo designar” (PSGH, 1986, p. 172). Esse sentimento de fracasso da linguagem (“só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu” 1986, p. 172) é acentuado por Benedito Nunes para classificar a escrita clariceana como “errante, autodilacerada, uma forma de improviso intérmino, no qual parece abolir-se a distinção entre prosa e poesia; fluxo verbal contínuo, sucessão de fragmentos da alma e do mundo, já não pode mais receber a denominação de conto, romance ou novela” (1998, p.45).
É nessa mesma direção que Olga de Sá anota que “o diluído enredo, ainda subsistente em seus primeiros livros, se dissolve progressivamente a favor da anotação de cada dia, cada hora, cada minuto que escorre. Como se houvesse uma vida superficial, tecida de fatos, que fosse preciso esgotar depressa; e uma vida profunda, latente, da qual é urgente contar, instante a instante, as pulsações” (2004, p. 201), expressão que, não por acaso, aparece entre parênteses, logo em seguida ao título de Um Sopro de Vida, como se elas (as pulsações de cada segundo) fossem o centro vital desencadeador da narrativa.
Em resumo, podemos afirmar que a trama ficcional arquitetada por Clarice e as personagens por ela criadas põem em xeque o enredo, mesmo Joana em seu livro inaugural (Perto do Coração Selvagem). Como diz Segolin, “a personagem já não é agente de uma intriga , mas “texto-agente” de uma metalinguagem, que faz do próprio texto seu único heroi” (SEGOLIN apud SÁ, p. 213).
Esse processo tortuoso de elaboração culmina em A Hora da Estrela, livro que é “uma mosquinha na lógica de desenvolvimento capitalista”, se quisermos captar apenas o profundo sentido social que ele conduz e acompanhar a feliz definição da professora Renata Pimentel, ou “uma fotografia muda”, “um silêncio”, “uma pergunta”, se quisermos nos fixar nas definições categóricas de Rodrigo SM. Rodrigo é o narrador inventado por Clarice, em operação que revela sua condição também de “quase-mulher”, que se socorre, ainda que ironicamente, de uma voz masculina, para evitar que a narrativa derrape em pieguice (“um outro escritor, sim, mas teria que ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar piegas” - p. 14).
Enfim, predominam no fazer literário de Clarice os fragmentos, “os sussurros” que os fatos produzem e vão se tornando obsedantes, ou a postura que ela já havia anunciado desde Água Viva: “Estou lidando com a matéria-prima. Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo, não deixando, gênero não me pega mais” (AV, 1998, p. 12/13, grifo meu)

Sobre uma quase-personagem


“Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou” (HE, 1998, p. 11).
Assim Rodrigo SM, alter ego clariceano de plantão em A Hora da Estrela, começa sua fabulação consigo mesmo, com seus possíveis leitores (“assim é que os senhores sabem mais do que imaginam e estão fingindo de sonsos” - p. 12), ou com a própria Clarice, aqui também exercendo uma tríplice função (autora/narradora/personagem), com a qual ele se cruza e na qual se transfigura, para a construção de Macabéa, uma personagem apreendida no “ar de uma rua do Rio de Janeiro, quando de relance (captou) o sentimento de perdição no rosto de uma moça nordestina” (p. 12)
E não poderia haver melhor inicio, ou melhor premonição do que estaria por vir depois, pois logo nos situa no essencial da narrativa. Ou seja, nos situa no impossível de clarificar por inteiro, no que ficou no meio ou no “quase” e cuja elaboração “parece fácil, mas é muito dificil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama” (p. 19).
É assim que se lança ao desafio de compor Macabéa, “essa moça que não se conhece senão através de ir vivendo à toa”, que, “se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão” (p. 15) e que “é tão tola que às vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham” (p. 16).
“Macabéa é a “diferente”, a “marginal” e a ela temos acesso, revirando pelo avesso a estrela do seu destino, lido na pauta da felicidade por sua companheira de desdita – a cartomante” (SÁ, 2004, p. 226). Essa aura mortuária, que acompanha e contorna os passos de Macabéa por toda a história (“a morte que é nesta história o meu personagem predileto” - p. 84), parece coroar a compreensão de Rodrigo SM, que se sabe e se sente tão marginalizado quanto ela, de que “se não escrever sobre o social, se não criar uma Macabéa, não terá lugar no mundo” (2004, 229). Marlene Bilenky cria o binômio “salvar/trair” para explicar o jogo tácito presente em A Hora da Estrela, que segundo ela impregna “o espírito do livro, Macabéa e seu criador” (BILENKY apud SÁ, p. 228). Recorrendo ao mesmo binômio, Olga de Sá vai concluir que “Macabéa (traida por Rodrigo ao ser criada, salva por ele ao morrer) tem na hora da morte sua hora de estrela (“o rosto dela lembrava um esgar de desejo” - p. 84) e o escritor que mata sua personagem também morre com o texto” (p. 228), praticando o que Olga chama mais adiante de “haraquiri textual” (p. 229).
Macabéa morre sem descobrir quem é, agarrando-se “a um fiapo de consciência repetia mentalmente sem cessar: eu sou, eu sou, eu sou. Quem era, é que não sabia. Fora buscar no próprio profundo e negro âmago de si mesma o sopro de vida que Deus nos dá (p. 84) – o grifo é meu para assinalar a possibilidade de renascimento de Macabéa, transmutada em Ângela Pralini, protagonista de Um Sopro de Vida, livro gestado simultaneamente a A Hora da Estrela. As duas estão sujeitas a “crises de mulherice”, no dizer irônico de seus respectivos narradores. “Quando dá uma crise de mulherice em Ângela, ela espia o mundo pelo buraco da fechadura da cozinha. Ela ambiciona viver uma voragem de felicidade” (SV, p. 62), pontua o Autor em Um Sopro de Vida. Já em Macabéa, constata Rodrigo SM, “a mulherice só lhe nasceria tarde porque até no capim vagabundo há desejo de sol” (p. 28).
Sim, é certo: há outra roupagem, outro contexto, outra classe social. Mas é o mesmo o circuito de ambiguidades e incompletudes que liga umbilicalmente os movimentos, silenciosos ou não, de todas as personagens femininas de Clarice. Elas sáo “quase sempre dominadas por um estado de languidez e sensualidade, porém são resistentes psiquica e fisicamente. Elas nunca se abnegam de si, mesmo entre mãe e filha. O discurso feminino é marcado pela falta de racionalidade e sentimentos autênticos. Vemos estas características nos diálogos entre Joana e a tia (Perto do Coração Selvagem), Lucrécia e Ana (A Cidade Sitiada), Virginia e Esmeralda (O Lustre), Ermelinda e Vitória (A Maçã no Escuro), Macabéa com suas companheiras de quarto (A Hora da Estrela). Há uma tensão que reflete o desconhecimento delas de como a racionalidade abre perspectivas” (Bernadete Grob-Lima, 2009, p. 52). A mesma Grob-Lima completa mais adiante: “Elas tem um cotidiano sombrio, sufocado pelo volume de tédio, cuja origem está na falta de desenvoltura intelectual. Nelas, a inércia mental engendra uma crença no acaso, nos poderes sobrenaturais como possibilidades de solucionar os problemas da existência; mas isso resulta apenas numa expansão do vazio” (2009, p. 54).
Essa crença no sobrenatural levou Macabéa ao encontro da cartomante e por extensão ao encontro da morte. Se bem que para ela foi seu primeiro encontro com a vida (“hoje, pensou ela, hoje é o primeiro dia da minha vida: nasci” - p. 80); seu mais profundo contato com o prazer (“ou é porque a pré-morte se parece com a intensa ânsia sexual?” - p. 84) e com a descoberta final da sua condição de mulher (“pois só agora entendia que mulher nasce mulher desde o primeiro vagido. O destino de uma mulher é ser mulher” - p. 84).
Na quase-linguagem


Em Clarice, tudo se passa como se o escrever fosse apenas a expressão de uma pergunta, condenada a ficar eternamente sem resposta. Desde o primeiro livro (Perto do Coração Selvagem), Joana se pergunta “quem sou eu”. O autor de Um Sopro de Vida, o último livro, se questiona “eu sou eu?”. No transcurso de uma a outra, Macabéa, somente uma vez, se fez a mesma trágica indagação. “Assustou-se tanto que parou de pensar” (HE, p. 40).
Toda uma trajetória, relativamente afortunada pela crítica, foi insuficiente para trazer-lhe a resposta. Cerca de 25 títulos publicados, entre romances, contos, crônicas, histórias infantis – ou, para ficar mais de acordo com o que se disse até aqui: simplesmente, centenas de textos – não lhe permitiram vencer a sensação de inacabado, que transparece fulminante na Dedicatória do Autor, em A Hora da Estrela: “trata-se de livro inacabado porque lhe falta a resposta” (1998, p. 10).
Procurar, não encontrar, e fazer desse desencontro o desvendar do desconhecido, parece ter sido a tônica de toda a produção clariceana, ou de toda sua vida, que ela mesma reduz a escrever, escrever, escrever, ato que chega a considerar mais importante que o próprio ato de amar. Olga Borelli, amiga mais próxima de Clarice em seus últimos anos de vida, em “Clarice Lispector: esboço para um possível retrato”, livro que escreveram (ela e Clarice) a quatro mãos, registra que, para Clarice, não escrever era morrer. “Cheguei mesmo à conclusão de que escrever é a coisa que mais desejo no mundo, mesmo mais que amor (BORELLI, p. 114).
Mas sua relação com a linguagem é tensa, expressão do descontinuo, do infindável recomeçar, como ela diz, transmutada em GH: “é do buscar e não achar que nasce o que eu não conhecia, e que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas – volto com o indizível” (PSGH, 1986, p. 172).
Certa vez, Clarice disse de si mesma: “se eu tivesse que dar um título à minha vida seria: à procura da própria coisa” (LISPECTOR apud SÁ, p. 233). E é a palavra que ela transforma em razão primeira e última dessa procura: “Estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Eu quero apossar-me do é da coisa” (AV, 1998, p. 9). E mais adiante: “quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz” (p. 10). Desse incessante e tortuoso caminhar, Clarice sai exausta e permanentemente insatisfeita. É o que deixa transparecer num desabafo a mesma Olga Borelli: “O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Cada vez escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever” (1981, p. 35).


De Clarice Lispector: o silêncio que fala!


Eu sei criar silêncio. É assim: ligo o rádio bem alto – então de súbito desligo. E assim capto o silêncio. Silêncio estrelar. O silêncio da lua muda” (SV, 1999, p. 55). Silêncio. Um livro sem palavras. Talvez ai o segredo da esfinge. (“Eu sei qual é o segredo da esfinge. Ela não me devorou porque respondí certo à sua pergunta. Mas eu sou um enigma para a esfinge e no entanto não a devorei. Decifra-me disse eu à esfinge. E esta ficou muda” (p. 103).
Milenar e culturalmente oprimida, a sobrevivência da mulher esteve historicamente ligada a um pacto intermitente com o siléncio. Silencía principalmente sobre a dominação falocêntrica, vetor da evolução da humanidade em todas as etapas históricas que compreendem essa evolução. “A subversão dessa ordem dita “falocêntrica”, pela intromissão da voz feminina, coincide com o direcionamento que tomam os estudos pós-estruturalistas e com muitas das preocupações da psicanálise lacaniana, que faz uma revisão das ideias de Freud. Um movimento totalmente oposto ao da tradição dos estudos literãrios é o que marca a preocupação da crítica feminista: a reafirmação da autoridade da experiência e a conquista de um espaço de expressão para as silenciadas” (Pimentel, 2000, p. 54).
É nessa conquista de espaço para as silenciadas que podemos e devemos inserir a obra de Clarice. Na relação com os homens, com o trabalho, com o amor, com a cultura, com todos os componentes principais do que se chama tecido social, a mulher encontrou no silêncio, quase sempre, a resposta mais adequada às situações estabelecidas no desenvolvimento de cada uma dessas relações. Clarice Lispector – apesar da mulher excepcional que foi – e sua obra – que a supera e a torna ainda mais singular – não escaparam dessa contingência. Carlos Nejar, em sua História da Literatura Brasileira, diz que Clarice buscou “a ficção de dupla face – uma na palavra e outra no silêncio” (2011, p. 700). Se reporta então a Ionesco, para lembrar que o mundo impede que o silêncio fale. E arrematar: “Clarice alcança a vitória do silêncio sobre o mundo” (p. 700).
Na acepção acima, podemos então dizer que Clarice foi um “anjo-vingador” da espécie feminina. Na construção de uma obra que depurou obsessivamente, trabalhando nos interstícios do silêncio, nas crateras intermitentes da pré-história (ou “na pré-história da pré-história”), onde ficara secularmente soterrado o silêncio de suas ancestrais, ela parece ter ido buscar a força devastadora de uma linguagem que liberta definitivamente a todas. Nesse sentido, Clarice é o silêncio que fala. Também nesse sentido, e talvez apenas nele, Clarice foi absolutamente inteira!


Abreviaturas:
HE - A Hora da Estrela
PSGH – A Paixão Segundo GH
AV – Agua Viva
PCS – Perto do Coração Selvagem
SV – Um Sopro de Vida

Referências Bibliográficas
BARTHES, Roland. A Preparação do Romance – vol. I. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

GROB-LIMA, Bernadete. O Percurso das Personagens de Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. 1ª edição. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

LISPECTOR, Clarice. A Paixão Segundo GH. 11ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem. 7ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

LISPECTOR, Clarice. Um Sopro de Vida. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

LISPECTOR, Clarice. Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

PIMENTEL, Regina. Olhares Femininos na Crítica Pós-Moderna: a questão do gênero; o lugar da diferença; uma leitura da identidade e do sujeito. Revista Investigações, UFPE, vol.11, 2000.

PONTIERI, Regina. Clarice Lispector: Uma Poética do Olhar, São Paulo, Ateliê Editorial, 2ª edição, 2001.

NEJAR, Carlos. História da Literatura Brasileira. 1ª edição. São Paulo: Leya, 2011.

NOLASCO, Edgar Cezar. Clarice Lispector – Nas entrelinhas da escritura. 1ª edição. São Paulo: Annablume, 2001.

SÁ, Olga de. Clarice Lispector: a travessia do oposto. 3ª ed. São Paulo: Annablume, 2004.

ZILBERMAN, Regina (org.). A Narração do Indizível – Coletânea de textos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1998.