CHICO DE ASSIS
Menino
de colégio
público menino
de
feira
periférico
num
mundo distante
solidão sufocante
saindo nos poros
tristeza
baixando a cabeça
inerte na escada
levanta surpresa
nas
pernas bem-feitas
sinuosas burguesas
passando e morrendo
na
pressa frenética
entre dedos e mãos.
Menino
atrevido
se
encosta enxerido
nas
brumas de amor
recolhido
nos postes
nos
postos
nos
pontos centrífugos
da
grande cidade
amor
sem idade
esgueirando-se
no cio
das
meninas mocinhas
das
velhas caseiras
sem
dó carpideiras
da
dor do horror
do
horror solitário
penando
entre margens
drenando
viagens
etéreas
paisagens
sem
cor sem odor
apenas
miragens.
Menino
espremido
entre
Deus e o Diabo.
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